Prosa Secular

Há muito nimbos coruscam...

Tenazes entre centelhas sinápticas.

Perscruto sem mérito científico,

Simples e ingênua manifestação,

Acerca da física extemporalidade.

Conjecturo variantes hipóteses,

Transportando-me por meandros abstratos.

Factuais verossimilhanças presencio,

Ratificadas em alfarrábios hodiernos.

Cenas, nem tanto fidas, sorvo-as

Delineadas pelo engenho humano:

Tragicomédias do espetáculo social.

Experimento ganância e penúria,

Beneplácitas ao desdém mútuo.

Definho à fúria e concupiscência mundana,

Eivadas pela avidez coletiva.

Em contrapartida, acalento a fiúza:

Prásino precioso ao vigor entibecido.

Lisura e concórdia as defendo estoicamente:

Alicerces firmes à ordem e ao progresso.

Exumar o féretro da história implica,

Porventura, a supressão claudicante.

Reescrevemos o que está consumado,

Para o bem ou para o mal!

Mário Neto
Enviado por Mário Neto em 12/07/2011
Reeditado em 29/08/2011
Código do texto: T3089870
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