Prosa Secular
Há muito nimbos coruscam...
Tenazes entre centelhas sinápticas.
Perscruto sem mérito científico,
Simples e ingênua manifestação,
Acerca da física extemporalidade.
Conjecturo variantes hipóteses,
Transportando-me por meandros abstratos.
Factuais verossimilhanças presencio,
Ratificadas em alfarrábios hodiernos.
Cenas, nem tanto fidas, sorvo-as
Delineadas pelo engenho humano:
Tragicomédias do espetáculo social.
Experimento ganância e penúria,
Beneplácitas ao desdém mútuo.
Definho à fúria e concupiscência mundana,
Eivadas pela avidez coletiva.
Em contrapartida, acalento a fiúza:
Prásino precioso ao vigor entibecido.
Lisura e concórdia as defendo estoicamente:
Alicerces firmes à ordem e ao progresso.
Exumar o féretro da história implica,
Porventura, a supressão claudicante.
Reescrevemos o que está consumado,
Para o bem ou para o mal!