Aquele vestido

Soltar os cabelos

Sentir o vento em lugares antes presos e atados entrelaçados em medos e entraves

É como um suspiro cujo aroma nunca antes fora conhecido.

Lembrou-se de que no final, somos apenas nós contra nós mesmos.

O que almejamos nós? O que espera a sociedade?

Um pouco mais de seriedade e calos nos pés. Talvez.

são apenas um dos pensamentos que atordoam aquela menininha, que escondida nos intervalos do recreio,

passa a decorar uma futura casa de praia, simples porém aconchegante,

no calor da areia e dos braços de alguém que lhe sorri tão docemente.

Ela não se foi.

Entre comerciais e merchandisings de prédios-prisões sem nada de lápis de cor, ela só quer um abraço. Alguém que tão longe está.

Aquele vestido que só usava nas tardes de domingo, agora usa nas segundas. ( dito, leitor, que ele é feito de bromélias e margaridas, com todas as inseguranças daquelas risadas saradinhas)

Liberdade? Não. No seu mundo particular há sol e neve o tempo todo, e livros Atlas egípcios todo tempo.

Quem precisa de ganância? Ela só quer mais um mashmallow e aquela mesma constância de infância.

Caroline F Lima
Enviado por Caroline F Lima em 12/06/2011
Código do texto: T3030964
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