Aquele vestido
Soltar os cabelos
Sentir o vento em lugares antes presos e atados entrelaçados em medos e entraves
É como um suspiro cujo aroma nunca antes fora conhecido.
Lembrou-se de que no final, somos apenas nós contra nós mesmos.
O que almejamos nós? O que espera a sociedade?
Um pouco mais de seriedade e calos nos pés. Talvez.
são apenas um dos pensamentos que atordoam aquela menininha, que escondida nos intervalos do recreio,
passa a decorar uma futura casa de praia, simples porém aconchegante,
no calor da areia e dos braços de alguém que lhe sorri tão docemente.
Ela não se foi.
Entre comerciais e merchandisings de prédios-prisões sem nada de lápis de cor, ela só quer um abraço. Alguém que tão longe está.
Aquele vestido que só usava nas tardes de domingo, agora usa nas segundas. ( dito, leitor, que ele é feito de bromélias e margaridas, com todas as inseguranças daquelas risadas saradinhas)
Liberdade? Não. No seu mundo particular há sol e neve o tempo todo, e livros Atlas egípcios todo tempo.
Quem precisa de ganância? Ela só quer mais um mashmallow e aquela mesma constância de infância.