Zanga de amor

Deixa disso companheiro, liga para esta zanga não!

Este arrufo é coisa passageira. Pura besteira,

nossa história não há de arrefecer...

Vamos quebrar o gelo,

acender a lareira e sorver o cachimbo da paz.

Manias, todo mundo tem bocado,

traz na bagagem de casa e acaba despejando todas no sofá da casa nova.

Vamos fazer das manias uma salada colorida e servir no jantar...

O sabor decerto há de mudar, e o que parece amargo, ganha novo tempero, novo cheiro.

Zanga de amor é birrinha gostosa,

Cheia,

Caudalosa.

Bom prestar assunto companheiro, para não esvaziar.

Sem zanga

Sem tempero

Sem mania

Sem desejo

O amor fica murchinho feito bexiga estourada.

Valéria Escobar

Setembro/2008

valeria Matos Escobar
Enviado por valeria Matos Escobar em 20/03/2011
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