Capela do Palácio de Chambord - France

UM MERGULHO NA ALMA

 
Mergulhei na imensidão do vazio humano,
Fui além da alma, da vida, além da fantasia,
Não me encontrei e não achei ninguém seguro,
Mergulhei mais vezes e mais frustrado fiquei,
De novo, nem aos outros nem a mim encontrei,
Dentre todos eu chorei e me senti inseguro.
Ilusão da mente, sonhos do mundo obscuro,
Onde ninguém penetra aonde a ilusão não vai,
Onde os sonhos não ficam; a luz se esvai;
Onde as dúvidas permanecem e lá fenecem,
Enquanto os sonhos da vida desaparecem,
Os corpos desnudos de fé. Almas oprimidas,
Sucumbem no calabouço das formas fingidas,
Gritam o nome, suplicam na fome do saber,
Creio eu, o homem jamais irá compreender;
Incógnita de Deus, segurança de todas as vidas.
 
                       Rio, 15/02/2011
                     Feitosa dos Santos