Aos 56 anos, quem sou?


Alcançados meus 56 anos permito que flores vermelhas ainda encantem e perfumem a minha vida. Releio meus poemas de amor e, sob um novo olhar, descubro que - à exceção daqueles que dedico aos meus filhos e à minha família - não se destinam a nenhum amor, em especial.

O tempo passou, os poucos e tão profundos amores passaram, mas, os poemas nascidos das emoções vividas persistem, sempre atuais e verdadeiros, como se cada amor do passado hoje revivesse, ou se cada amor do presente refletisse aquele que passou. É como se eu estivesse apaixonada pela mesma pessoa, sempre... talvez, aquela concebida pelo meu pensamento... e que por ser tão perfeita, imiscui-se ao fausto do Universo...

Subjaz implícita nos meus versos, unicamente, uma forma especial de amar o próprio Amor. E, nesse contexto, conquanto seja impetuosa a necessidade de registrar os momentos excepcionalmente genuínos - portanto, inesquecíveis - que lhes deram nascimento, assumem jaez universal e intemporal.

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz.
Rio de Janeiro, 2007.
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 12/01/2011
Reeditado em 21/09/2019
Código do texto: T2723972
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