ESPERANÇA

Não sabemos por quanto tempo iremos viver.O futuro a Deus pertence.

Mas,sabemos,também, que a felicidade e o amor estão dentro de nós. Sabemos, também, que você e eu existimos neste mundo gigantesco,e que um dia, talvez, um dia viveremos juntos.

Escrevo porque a nossa vida é uma história,mas se não escrever, se perderá no tempo.

Hoje vivemos o presente.O amanhã, nunca chegará, porque quando o amanhã chegar já será hoje.

No entanto, Linda, o tempo não para. A sociedade muda seus valores, se evolui, se desenvolve, mas o tempo continuará passando.

Não pretendo passar em brancas nuvens. Não pretendo sobreviver uma vida. Não pretendo vegetar no tempo.

A solidão é implacável. Quando ela chega, nos faz chorar e nos deixa impotentes diante dos problemas da vida.

Te falo, amor, a solidão tem batido, impiedosamente, em minha porta. Ela tem me levado a um sofrimento desastroso.

Durante o dia, tenho vivido na aparência e sentido menos solidão, porque, como o poeta falou: a sua sombra, todas as dores se apagam.

Sim, durante o dia, as sombras de meus filhos teem apagado a solidão que tanto me desespera.

Mas ao chegar à noite, no recondito do meu quartinho. Ali, só ali, é que ela chega. Aí os meus olhos se marejam. A falta de ar é presente, não posso falar a ninguem, pois, ninguém tem nada a ver com isso. A solidão é minha e quem tem que sentí-la sou eu.

Quem tem que sofrer por alguém sou eu. Quem a procurou foi eu.

Sofro sim, não posso negar este sofrimento severo, calcitrante, amedrontador, mas são meus.

O meu coração não suporta tanta solidão. Ele é de carne e não de aço.

Ele tem uma vida para zelar. Ele tem que se preocupar em bater fortemente.

Não dá para ele fazer duas coisas ao mesmo tempo.

Ou bate, ou solidão. Bata, então, coração...