Amor em Alto-mar
Não dá mais pra voltar, o barco está em alto-mar.
Nem quero ponderar, a que estranhos horizontes, este barco me conduz,
se o barco é seguro ou frágil, o que me importa?
Quando o sonho de um novo horizonte se me acena!
Navegarei na incerteza dessas ondas, e se naufragar... que eu me perca,
sim, nas doces águas deste mar.
Se, ao final da viagem não me aguarda um porto, mas, a solidão de uma praia deserta...
O desconhecido já não me faz medo!
Já dormitei na letargia do medo de amar, até que um dia, pela porta entreaberta, você entrou sem me avisar.
Fechei a porta ao passado e deixei você ficar. Dizem que o amor é uma armadilha, que, pressenti, àquele momento. Mas, o que fazer, quando é mais doce correr o risco, do que, adejar pela imperturbabilidade do vazio???
Porque a vida sem amor é um nada!
A sabedoria do universo repete sempre a mesma saga: o velho deve morrer, para o novo nascer. Meu passado morreu, ao abrir aquela porta, e o caminho, agora, está aberto para um novo sonho, uma nova viagem.
Alegremo-nos e viajemos... juntos na direção de um sonho maior; um passo ao menos, neste infinito de imensas possibilidades que é a vida.
Porque, “a felicidade não é um porto”, não é um lugar onde se deva chegar:
“A felicidade é a maneira de viajar”.