Encontro com Drummond (Com a Participação da poetisa Luciene Lima Prado)
Era dia cinzento.
Pensativo, ele fitava o passeio
de sinuosas pedras de Copacabana.
Alí, assentado em bronze, exalando versos,
desafiava o tempo...
O manto de mar cobria-lhe as costas.
Montanhas de prédios e pedras erguiam-se à frente.
Pedras do caminho da Cidade Maravilhosa...
O metrô, sepultado vivo, adiante,
apitava na imaginação.
Saudade de Minas!
A amiga poeta, Luciene Lima Prado, em seu comentário, nos brinda com seus belíssimos versos, que transcrevo abaixo, o que muito me honra. Nosso agradecimento, Lu.
Mil sonhos no meio do caminho
De um poeta ou de uma moça sem flor,
Sob a chuva que tem gosto de ? posso??
Em todo caminho uma pedra,
Ainda que invisível;
Em todo verso, um Drummond,
Mesmo mudo.