MODUS MORRENDI

Eu sei que a morte tem me espreitado.

Mas, sabe, essa bobinha não tem vida.

Ela é incapaz de viver grandes amores.

Só sabe de desavenças e velórios.

Eu queria ver o dia que Deus inventasse

a morte da morte.

He. He. Seria bom demais.

Todos nós poetas, seríamos imortais.

Sem ter que usar aquele fardão ridículo.

E jogar bilhar, então! Mata a sete!

E não tem jeito da bola entrar na caçapa.

Matar aula! Acabou.

Matar as saudades. Aí vai ficar na lembrança.

Ninguém mais iria poder dizer: matou a pau!

Com a morte da morte, o modus morrendi

ia ser diferente. Seria sempre modus vivendi.

Ah! mas que pelo menos eu ia morrer de rir...

ah. ia.

Só!

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 19/10/2010
Código do texto: T2564836
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