A BUSCA DO AMANHÃ
É cruel abrir a janela da vida
e respirar cinzas de um vulcão extinto.
Mais cruel ainda é abrir todas as portas,
portinholas, portões, basculantes...
e sentir que o passado não passou.
Parece que usaram superbonder
e imobilizaram o famoso e fatídico tempo.
Vem a tona o ranço por beijos perdidos.
A angústia do atraso, no encontro mal fadado.
O desperdício de emoções, sem recibo,
sem provas, sem crimes.
Buscar o amanhã implica em trancafiar tudo.
E soltar, ao mesmo tempo.