A BUSCA DO AMANHÃ

É cruel abrir a janela da vida

e respirar cinzas de um vulcão extinto.

Mais cruel ainda é abrir todas as portas,

portinholas, portões, basculantes...

e sentir que o passado não passou.

Parece que usaram superbonder

e imobilizaram o famoso e fatídico tempo.

Vem a tona o ranço por beijos perdidos.

A angústia do atraso, no encontro mal fadado.

O desperdício de emoções, sem recibo,

sem provas, sem crimes.

Buscar o amanhã implica em trancafiar tudo.

E soltar, ao mesmo tempo.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 27/08/2010
Código do texto: T2463651
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