Para minha Deusa D.
Como posso te esquecer pergunto eu?
Tento, tento, mas é impossível,
Porque está em mim o teu suor,
Pouco, frio, daquelas noites, lembra?
Em que nos amávamos com furor,
Madrugada adentro, com um queimar,
Que nem mil banhos adiantava,
Como posso te esquecer Deusa mía,
Se está em mim o teu cheiro,
Aquele de teus cabelos, livres,
Soltos e negros, indomáveis como o vento,
E ainda o teu sorriso,
Um assim, de pouco caso,
Cerrando-se num ardoroso beijo,
Em minha boca, molhando-me os lábios,
Mulheres? As terei certamente, mas como tu?
Nunca mais, com tanta entrega? Jamais,
Nunca mais, porque assim é só uma vez,
E é por isso que te digo e sinto aqui no meu peito,
Amo-te, Amo-te, Deusa mía,
Não mais que a meu filho,
Porque ele é meu sangue, é parte de mim,
Assim como tu também o eres, aqui,
Dentro do meu coração, pra sempre estarás,
Demais, ainda dizer-te o quanto
Eres guerreira, mulher, como sempre te vi,
De mãos grandes e firmes, que noites,
Muitas, as unhas em minas costas,
Cravaram, e nesse pos dor,
Sentia eu imenso prazer.
Tudo isto é muito belo,
E entristece-se o meu coração,
Por saber que errei,
E que nunca mais sentirei,
Tuas mãos em meu peito,
Teu rosto nele descansando,
Teu pulso forte, tua batida, teu tudo no meu nada,
Juntos, choramos, muitas vezes,
De puro prazer,
Da injustiça alheia,
Da não aceitação,
Saudades? Muitas sentirei,
Dos nossos planos, do teu não,
Do teu golpe no meu peito,
A dizer-me: afasta-te!
E tudo é agora recordação,
Uma daquelas que não quer ir,
Quer ficar pra sempre, quer vir.
Sei que nada há por fazer,
Perdido tudo está,
E só o tempo mago,
Poderá algo dizer,
Despeço-me então Deusa mía,
Sem choro, mas com um aperto no coração,
E peço-te que aceite,
Este último agrado,
Umas poucas palavras,
De alguém que muito já foi feliz,
Ao lado seu, sem saber, querendo ser,
Adeus? Não é bom dizer,
Até logo? Melhor!
Com carinhos mil,
Teu sempre menino.
Allan Cal.
Madrugada de 28/02/08
Como posso te esquecer pergunto eu?
Tento, tento, mas é impossível,
Porque está em mim o teu suor,
Pouco, frio, daquelas noites, lembra?
Em que nos amávamos com furor,
Madrugada adentro, com um queimar,
Que nem mil banhos adiantava,
Como posso te esquecer Deusa mía,
Se está em mim o teu cheiro,
Aquele de teus cabelos, livres,
Soltos e negros, indomáveis como o vento,
E ainda o teu sorriso,
Um assim, de pouco caso,
Cerrando-se num ardoroso beijo,
Em minha boca, molhando-me os lábios,
Mulheres? As terei certamente, mas como tu?
Nunca mais, com tanta entrega? Jamais,
Nunca mais, porque assim é só uma vez,
E é por isso que te digo e sinto aqui no meu peito,
Amo-te, Amo-te, Deusa mía,
Não mais que a meu filho,
Porque ele é meu sangue, é parte de mim,
Assim como tu também o eres, aqui,
Dentro do meu coração, pra sempre estarás,
Demais, ainda dizer-te o quanto
Eres guerreira, mulher, como sempre te vi,
De mãos grandes e firmes, que noites,
Muitas, as unhas em minas costas,
Cravaram, e nesse pos dor,
Sentia eu imenso prazer.
Tudo isto é muito belo,
E entristece-se o meu coração,
Por saber que errei,
E que nunca mais sentirei,
Tuas mãos em meu peito,
Teu rosto nele descansando,
Teu pulso forte, tua batida, teu tudo no meu nada,
Juntos, choramos, muitas vezes,
De puro prazer,
Da injustiça alheia,
Da não aceitação,
Saudades? Muitas sentirei,
Dos nossos planos, do teu não,
Do teu golpe no meu peito,
A dizer-me: afasta-te!
E tudo é agora recordação,
Uma daquelas que não quer ir,
Quer ficar pra sempre, quer vir.
Sei que nada há por fazer,
Perdido tudo está,
E só o tempo mago,
Poderá algo dizer,
Despeço-me então Deusa mía,
Sem choro, mas com um aperto no coração,
E peço-te que aceite,
Este último agrado,
Umas poucas palavras,
De alguém que muito já foi feliz,
Ao lado seu, sem saber, querendo ser,
Adeus? Não é bom dizer,
Até logo? Melhor!
Com carinhos mil,
Teu sempre menino.
Allan Cal.
Madrugada de 28/02/08