Há alguns anos escrever tornou-se mais do que simplesmente preencher folhas em branco sem linhas, esta prática, a principio uma terapia adotada, foi com o passar dos anos transformando meu cotidiano e agregando à minha pessoa auto conhecimento principalmente. Descobri que sou sensitivo ao extremo, que gosto de observar as pessoas ao meu redor e escrever sobre isso, descobri um novo ser dentro de mim, um poder imenso. Como consequência, passei a desenvolver textos de cunho poético e outros mais que relatam minhas vivências nesta cidade. Com a escrita descobri ainda a possibilidade de fazer lindas viagens, de falar sobre amigos, sobre lugares, em fim, um novo mundo em dois idiomas: Português e Espanhol. Também, um olhar interno, ao mais profundo do meu ser, nisso, posso dizer que sou extremamente sensível, altamente romântico, adorador da Boemia, do Sol, de um bom vinho, sem esquecer da cerveja gelada. Como profissão, ainda não pude escolher uma e para sobreviver leciono aulas em língua espanhola, faço traduções (quando aparecem), etc. , porém, os longos anos dedicados ao ensino me mostraram o quanto são humanos os professores (no sentido real da palavra) e, o quanto sofrem ao serem maltratados, descriminados, menosprezados e tidos como profissionais de pouquíssimo valor, tanto no próprio ambiente de trabalho quanto perante a sociedade brasileira em geral. Uma pena. Hoje, com um pouco mais de conhecimento, arrisco os primeiros passos no ensino da língua materna, o Português do Brasil, (afinal há que justificar o curso de Letras na UFBA de alguma maneira. Risos forçados), tarefa de igual maneira espinhosa e, começo a pôr os pés na Literatura achando bom mostrar um pouco daquilo que faço com as palavras. Interessante? Só você saberá responder.