A FILOSOFIA DO AMOR
Chega como um posseiro. Medrosamente devagar ou impetuosamente audaz.
Não pede licença, não quer saber se é ou não bem-vindo. Vai se acomodando nos cinco sentidos, como se a casa fosse sua.
Quando tímido, examina tudo com medo. Quando desinibido, introduz-se perigosamente sem dar chance de defesa.
E vai metamorfoseando sua vítima: olhar iluminado e distante, mãos trêmulas e frias, ritmo sanguíneo descompassado.
São os primeiros sintomas.
A partir do momento em que se instala e resolve ficar, provoca as mais controvertidas sensações: insegurança, alegria, medo, tristeza, auto-confiança, destemor.
Torna-se audacioso para, logo em seguida, transformar-se em covarde.
Aproxima, acorrenta, aquece, atordoa.
É um paradoxal: alegre e triste, bom e mau.
Incrivelmente misterioso, não tem definição. Como um camaleão, apresenta-se sob diversas formas numa só pessoa. É um dualista, mentiroso, uno, verdadeiro.
Sabe-se apenas que ele existe e que sua filosofia é, ao mesmo tempo, altruísta e egoísta.
Simplesmente invade... e ponto final!
(Poema "Amor", transformado em prosa)
Chega como um posseiro. Medrosamente devagar ou impetuosamente audaz.
Não pede licença, não quer saber se é ou não bem-vindo. Vai se acomodando nos cinco sentidos, como se a casa fosse sua.
Quando tímido, examina tudo com medo. Quando desinibido, introduz-se perigosamente sem dar chance de defesa.
E vai metamorfoseando sua vítima: olhar iluminado e distante, mãos trêmulas e frias, ritmo sanguíneo descompassado.
São os primeiros sintomas.
A partir do momento em que se instala e resolve ficar, provoca as mais controvertidas sensações: insegurança, alegria, medo, tristeza, auto-confiança, destemor.
Torna-se audacioso para, logo em seguida, transformar-se em covarde.
Aproxima, acorrenta, aquece, atordoa.
É um paradoxal: alegre e triste, bom e mau.
Incrivelmente misterioso, não tem definição. Como um camaleão, apresenta-se sob diversas formas numa só pessoa. É um dualista, mentiroso, uno, verdadeiro.
Sabe-se apenas que ele existe e que sua filosofia é, ao mesmo tempo, altruísta e egoísta.
Simplesmente invade... e ponto final!
(Poema "Amor", transformado em prosa)