Ainda tem flores
O amor acabou-se...
Esvaziou-se no seu ser...
Deixou-se ir aos poucos pelo ralo da vida...
Com isso...
Os casais apaixonados se foram,
Desapareceram...
Terminaram os seus romances, os seus ligues, os seus casos, e...
Foi como se diz no popular...
Cada um pra seu lado...
Mas...
Ainda ficaram as flores...
Para algum romântico comprar...
Ainda estão lá... Esperando para serem dadas,
Com suas cores marcantes, seus perfumes atuantes, seu jeito de ser...
Simplesmente flor...
Doidas para produzir o mais belo sorriso feminino..., masculino...
O que for...
Nisso, vou ao seu encontro e levo-lhe flores
Essas que achei por bem comprar e dar a ela...
Vermelhas, vermelhas, vermelhas
E vejo feliz o resultado da minha ação
Vejo-a sorrindo como uma criança, uma bela menina
Paro no ar, surpreso com o seu olhar
Perdido entre as flores, me dizendo:
Flores...?
Eu ganhei flores...?
Pois é... Penso...
Eis a semente do mais profundo querer
E quem planta com carinho, colhe, muito ou o suficiente...
Para sentir-se repleto de alegria,
Uma assim, boa de sentir
E me vem outro pensar que diz...
Que bom que ainda tem flores...
Que bom que ainda há um romântico na face do mundo
Haverá outros...?
Sim, certamente..., escondidos, loucos para dar uma flor de presente.
Calados pelo mundo das agonias, do mecanismo absoluto, do consumismo absurdo...
Perdidos pela não prática do verdadeiro querer...
Dominados pelo fiquei...!
Ainda há flores no jardim, umas abertas, outras desabrochando
Esperando a mão delicada do romântico para raptá-la, retirá-la
Esperando a volta do amor verdadeiro..., puro
Esse que somente nós, os que queremos e amamos, conhecemos.
Domingo 29 de março de 2009
Allan Cal