Não da para explicar poesias
Meu "amigo" um dia me falou sobre como fazer, criar e decifrar poesias...
Mas como seria isso? Se é justamente por elas que nos tornamos completamente aquilo que sonhamos querer-mos alcançar!
Quero apenas falar da melodia do cheiro...
... e não precisa essa melodia vim com cheiro de capim...
...capim molhado...
...capim verde...
Desqualificar o que seria óbvio faz parte do meu jeito de fazer poesia!
O calor não precisa ser do sol...
... do fogo...
... do teu corpo...
Isso já é certo... e eu desejo o errado...
Meu odor vem da brandura de uma tempestade de fragrâncias...
vem com a altura dos meus seios oscilando por seus ares...
Não imagino dizer que bata-tinha quando frita, esparrama...
... e sim fria se frita a raiz com sabor,
que vai eclodir no desejo de cheirá-la
e saciar-me a tempestuosa necessidade
de me sentir sua... saudável...
Meu amigo Don, estava errado, pois não cabia nas minhas certezas...
tudo bem... era apenas meu amigo...
Em homenagem há um poeta, cantor e compositor baioca, meu amigo... poesia criada em momento íntimo com indignação...
Nana Marx
Rio, 05 de Agosto de 2008