VEM SER COMO EU
Assim, alegre, mas puto da vida.
Assim, triste, mas cheio de vida.
Vem ser como eu.
Sem papas na língua.
E sem bispos atravessados na garganta.
Vem se descontrair.
É bom chamar urubu de meu loro.
É bom chamar a polícia.
Tem horas que a poesia permite afrontas.
Vem compor o BOPE.
Batalhão oficial de poesias especiais.
Os tiros serão fatais. A poesia não morre.
Nem morre o morro.
Nem vai morrer quem não seguir o trio eletrico.
É bom chamar a polícia.
Nessas horas, ser como eu é ser um indício certo.