" DE QUE ADIANTA...?"

“ DE QUE ADIANTA...?”

De que adianta o poético e idílico cirandar de minhas palavras,se natimortas naufragam elas nas rebeldes corredeiras de meu existir?

De que adianta...?

Se o veludo de minha pena não vulnera o pétreo dique da incerteza, não escala o cume das cordilheiras onde habitam todos os receios e não penetra na cerrada e inóspita floresta do silêncio?

Segue seu resplandecente trilhar, ignorando meu amor que perseverante anseia em desabrochar em uma voluptuosa e beatífica noite azul...

Mas, de que adianta...?