A MAIONESE DESANDOU

E eu que caprichei nos ingredientes.

E eu que me vali de todos os santos.

E eu que perdi a validade neste mundo cão.

Agora nada mais resta.

Tudo, tudo...feito em vão.

Parece que o além me espreita,

mas não tenho medo da morte.

Só tenho medo de gente falsa.

Não gosto de barbas. Nem de estrelas vermelhas.

Abomino guerrilheiras e falsas pesquisas.

A maionese desandou pros lados do Brasil.

Taiô, como diz o caipira.

Taiô a nossa esperança, a nossa liberdade,

os nossos direitos... os nossos votos.

Agora são ex-votos.

Agora somos ex-eleitores.

Amanhã seremos ex-ecutados.

Quisera sermos extra-ditados.

Quisera podermos passar este País a limpo.

E haja borracha!

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 22/02/2010
Código do texto: T2101934
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