ANGÚSTIAS DE UM POETA

Em primeiro plano, a morte.

Não sei se me alcança ou se faz acordo comigo.

Acordo.

Tomo café. Atitudes não tomo.

Temo a morte, assim como sofro com a vida.

Penso em viver novamente juventudes.

O Plano diz que não.

Que a minha juventude é velha, descabida.

Então vou xingando Deus...anjos... santos,

exús e tudo o mais que não sei.

Desabafos de um ser naturalmente louco.

E meus escritos tingem-se de sangue...

devidamente azul, como cabe a um nobre poeta.

E meus pensares tangem-se em águias.

Como convém a todos que voam.

E os meus textos se borram de medo.

Eles não nasceram para viver em fraldas.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 19/02/2010
Código do texto: T2096311
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.