FORÇA ESTRANHA

Me vejo impelido a escrever sem parar.

Essa força estranha no ar, como na música,

me transforma em dedófilo compulsivo.

Linha por linha. Frase por frase. Erro por erro.

Tudo passa. Nada passa desapercebido.

E nem olho as linhas. E nem vejo as minhas vidas.

Psicografando sem parar, removo do papel o presente.

Força estranha essa que me acomete às vezes.

E sei bem quando.

Quando desacredito em Deus.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 10/02/2010
Código do texto: T2080565
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