FORÇA ESTRANHA
Me vejo impelido a escrever sem parar.
Essa força estranha no ar, como na música,
me transforma em dedófilo compulsivo.
Linha por linha. Frase por frase. Erro por erro.
Tudo passa. Nada passa desapercebido.
E nem olho as linhas. E nem vejo as minhas vidas.
Psicografando sem parar, removo do papel o presente.
Força estranha essa que me acomete às vezes.
E sei bem quando.
Quando desacredito em Deus.