A terras verde dos jovens poetas que se amaram em
irmandade, a cidade branca dos filósofos malditos que
reviveram a utopia da amizade,
as cores e matizes das peças bordadas por senhoritas
libertas, o risco do veludo preenchido por flores e arranjos indolores, belos:
os bordados,
as senhoritas,
os meninos de Ibitinga; 
que atravessaram o Túnel do Tempo e criaram nova perspectiva, que se esconderam na Toca do Raposão e libertaram seus medos,
que subiram ao mais imponente Palco e gritaram suas
loucura à sociedade, ouvindo, assim, sua própria voz.
 
Estes meninos com seus tons, seus mil tons da música estridente, o heavy metal como resistência ao poder do vil metal, sentimentais, pálidos meninos transformadores do mundo, casaram-se com suas namoradas, fugiram para a
cidade grande,misturaram vodka com vinho, fumo do bom
e do careta, euforia e nostalgia.
 
Alguns morreram, todos envelheceram, foram dos últimos remanescentes da geração paz e amor,
talvez ainda sonhem, sempre prontos à uma viagem,
porém agora são homens,
presos pelas máquinas de Ibitinga.