COISAS DE RELICÁRIO

Sempre que percebo,

mais um aniversário,

fico pasmo com essas

coisas de relicário.

Tempo, idade,

aborrecência, senilidade.

O que será feito de nós,

amanhã, eu não sei.

Não me parece lúcido também

cutucar a onça do tempo.

Varas curtas ou longas...

tanto faz.

Ela não existe mesmo.

Só sei que mantenho

em sobrevida

essa poesia atemporal.

Ela não nasce, nem morre,

mas vive de eternidades...

como qualquer mortal.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 31/01/2010
Código do texto: T2060860
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