" AH... SERRA NEGRA"

Amparada pelas fortes mãos de meus pais ensaiei meus primeiros passos em suas exuberantes trilhas... Mesmo que eu venha conhecer um dia as mais exuberantes veredas de distantes plagas, em nenhum recanto o fulgor dos primeiros raios solares filtrados pelas copas de suas majestosas árvores será tão sublime... Em suas verdejantes matas onde viceja o violáceo de minhas flores prediletas está abrigado o passaredo que em uníssonos gorjeios reverencia a sua excelsa magnitude... Aos borbotões suas medicinais águas brotam de suas límpidas fontes, oferecendo saúde a quem delas se sirva... Ah, Serra Negra radiosa como " brilho do sol do novo amor", extasiante como o olhar da criança que mira o horizonte, maviosa como as lágrimas comovidas dos anciãos... Divino relicário de meu viver, minha Cidade Paraíso... Nasci paulistana, mas me fiz Serranegrense no instante primeiro que toquei seu abençoado chão...

* Nota da Recantista: Conheci Serra Negra por intermédio de meu pai Ramon Aureo ( "in memoriam") que tanto amava estações de água... Dedico este texto aos meus amigos de infância e adolescência Matheus Testa e Rafael Ferarresso, à Lucia, à Bene, à Teresinha, à Madalena Franco, aos Drs Ennio e Elmer Canhoni, à Maria Angélica Piassa Faes, à Elisabeth Gambetta, ao Dr. Lauro José Amabile Corrêa, " in memoriam" do Capitão Néllo Dallari , ao saudoso Wilson Quartim e ao emérito jurista Dr. Dalmo de Abreu Dallari.