me castigue de amor.

e nesses dias, sem que eu faça esforço

eu sinto um pouco de céu

é me afogar no teu mar que me trás vida

é o teu silêncio dando voz ao coração

e não tem mapa, direção ou trilha

que eu possa seguir se não for o caminho de teus pés

e não tem alvoroço, carnaval na esquina, garotas dando linha

que me desvie de casa, abrigo seguro em teu coração

e eu quero mesmo brigas, só por visar o momento da reconciliação

pra que quero mais? se tenho amor, o mundo pode ser chamado de paz

eu poderia ficar a noite toda aqui, sem nada dizer, apenas sentir

não sei o que me move até os compassos dos teus pés

mas eu só sei que se eu não seguir, eu me perco de mim

e eu nem quis ouvir sobre teu passado

não, não me interessa mesmo

pra mim, a vida começou naquele instante em que eu entendi que chamar pelo ar da vida, era o mesmo que chamar pelo teu nome

eu não preciso que ninguém aceite, ou leia bulas do amor que eu tomo pra mim

somente pra mim

que deseje os efeitos desse delírio em mim e somente em mim

e que ironia essa dor, de tanto amor

como quando eu seguro forte a sua mão, para que sinta

me faça perder a noite e achar a insônia

me castigue de amor...

Jennifer Braga
Enviado por Jennifer Braga em 28/11/2009
Reeditado em 28/11/2009
Código do texto: T1948300