Viajante(A Distância)

I

Múltiplos horizontes dentro de um pensamento de olhar profundo,

Procura através do vazio, sensações,na difusa luz de um entardecer.

Ontem numa noite fria a lua vestida da branca nevoa a me procurar.

Hoje sem me encontrar,sente saudades na distancia de um beijo.

O nó na garganta desata a esperança contida na hora da partida.

O lar a navegar dentro de uma vazia garrafa por mares distantes.

A emoção;dor perpetuada em portos que nos leva para longe.

Partir sem o encontro das águas que margeiam as dunas do tempo.

II

Andorinhas que nidificam sob um teto de pensamentos viajantes,

Trazem o gravetos em seu bico junto com as palavras de um poeta.

Se antes nada sabia sobre lugares de magia,hoje sinto saudades.

Um breve encontro da eternidade com o vento que vem lá do norte.

Apenas ser um viajante de olhar distante de infinitos horizontes.

Beleza de alma fria,por que a paixão traz tanta dor na hora da indecisão.

Olhar pra traz e respirar profundo na verde luz dos bosques de solidão.

Dos vinho das adegas da memória,agora estão distantes das Caves.

III

Sensações de habitar espaços desertos na vastidão de Sargaços.

Presentes na amarras úmidas e salgadas de um porto de Cádiz.

Rebento das ondas sobre as pedras a invadir o segredo das sereias,

No repuxo do mar,deixa os desejos desnudos em brancas areias,

Leva da noite a transparência de uma brisa em corpo de mulher.

De um belveder dourado os olhos singram em ondas cor de prata.

O sol e a lua compõe a melodia crepuscular onde a alma navega.

Horizontes, pontes da imaginação a atravessa desejos,e oceanos .

airton parra sobreira
Enviado por airton parra sobreira em 26/11/2009
Reeditado em 27/11/2009
Código do texto: T1946022
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