Sofro e vivo
Sofro.
De querer gritar
De desejar o fim
De querer me matar
De sangrar em cada poesia
De não querer o amanhã
De desejar o final, sem ponto
De desistir sem explicações
Sem carta, sem desfecho.
Sofro.
Vivo
De querer gritar
De desejar um novo começo
De querer nascer
De criar nova poesia
De ficar ansioso pelo raiar do sol
De escrever, sem final, sem ponto
De explicar o que não tem explicação
Com amor, com ao menos em minha mente, um final feliz
Vivo.