"Mendigo, malandro, muleque, mulambo bem ou mal
Cantando
Escravo fugido, um louco varrido
Vou fazer meu festival
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte
Cantando...
Por baixo da terra
Cantando...
Na boca do povo
Cantando...
Poeta, palhaço, pirata, corisco, feirante, judeu
Cantando...
Dormindo na estrada, no nada, no nada
E esse mundo é todo meu
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte
Cantando...
Por baixo da terra
Cantando...
Na boca do povo
Cantando..."
Sou dor, amor, caminho e parada, sou assim, tudo e nada, carrego o vazio de não saber com o que preencher.
Amo o amor, creio no inicio, vivo no meio, e não faço a mínima ideia do que será o fim.
A poesia de meus olhos e o fogo de minhas palavras são incoerentes com o silêncio morbido em que minha vida me trouxe.
Tenho a marca da navalha em minha alma, fui bom, fui mau, fui homem, fui alma e aprendi a a amar o amor.
Existo aqui, em algum lugar dentro de mim, mas ainda procuro onde parar, tenho frutos, folhas, gero vida e vida ainda tenho, mas ainda sim, não tenho minhas raizes.
Sou metade de tudo aquilo que ainda vai me completar.
