SOBRE ÀQUELA NOITE...
... E alí estava eu. Sentado com os cotovelos apoiados na mesa, os punhos sustentando o queixo e os olhos fixos na entrada.
Você apareceria a qualquer instante. Queria vê-la chegar. Queria vê-la entrar. Não queria perder aquele exato momento. Estava ansioso e meu coração batia sôfrego.
Você tardava. Os segundos pareciam minutos. Os minutos, horas...
Então você chegou; Aí você entrou. Flagrei aquele momento exato. Não o perderia.
E lá estava você: Linda! Usando graciosamente um vestido rosa. Com seus cabelos dourados e olhos cor de mel. Veio em minha direção. Diante de mim, todos os homens do mundo naquele momento eram meros e miseráveis mortais. Senti-me o mais abastado e privilegiado deles.
Você me beijou e sentou-se ao meu lado. Manteve-se indiferente a tudo e a todos. Seus olhos eram só para mim. Sua atenção era minha, apenas. Você era toda e só minha.
Quando pedi que tocassem nossa canção, pude vislumbrar a felicidade explícita em seu rosto. Pude sentir o êxtase estabelecido em seu coração.
Era só uma cantiga. Mas para você era como se fora uma jóia única que lhe oferecera.
Ah, meu Deus!
Como você é fina, elegante e sincera.
Não mereço você.