Francisco Piedade Filho.
Tenho 63 anos, nasci no dia 27 de Abril do ano de 1956, no bairro dos Barris, em Salvador-Ba.
Com 4 anos, em função do fracasso da união de meus pais, fui levado para Enseada do Paraguaçu, uma cidadezinha muito engraçada, não tinha progresso, não tinha nada, localizada no Recôncavo baiano, município de Maragojipe.
Lá fiquei sob a guarda e domínio de Iaiá, minha avó materna. Como não levei manual de instrução, Iaiá teve que se virar para lidar comigo.
Costumo dizer que Salvador me pariu e a Enseada me criou. Foi lá que nasceu o poeta e, o Homem foi formado.
Algumas das viscissitudes desse nascimento e formação, estão registradas em muito dos meus textos.
Aos 12 anos retornei a Salvador e segui minha trajetória, contudo, jamais esqueci, ou abandonei a criatura quem me criou.
Cursei Filosofia pela FBB;(Não conclui)
Fui Colunista Cultural da "Folha do Recôncavo", jornal da Cidade de Candeias;
Publiquei os seguintes livros:
"UNIVERSOS" 1984, "POEMARIA" 1985, "FRAGMENTOS DE MIM" 1986, "FLORES MORTAS" 1988, "DIALÉTICA" 1992, "PALAVRA VIVA" 1998, "SOTAQUENOLOGIA POÉTICA" 2002.
Participação nas coletâneas "CEPA" 2007 e "SALVO CONDUTO" 2008.
Fui premiado muitas vezes por diversos segmento
culturais;
Integro o DICIONÁRIO DOS AUTORES BAIANO", uma seletiva organizada e editada pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia;
Sou sócio correspondente da "ACADEMIA JUIZ-FORANA DE LETRAS" Em Juiz de Fora-MG;(Ocupo a cadeira No.34. Minha derradeira atividade profissional foi como Assessor de Comunicação Social, para o Sindicato dos Estivadores de Salvador e Aratu. Estou aposentado.
Sou um poeta um tanto inquieto e um tanto inconformado. Nos meus textos, procuro ser o mais verossímil possível. Tenho um especial cuidado em não parecer falso e convencer aos meus leitores sobre a coerência da mensagem que quero trasmitir.
Quando um leitor pensa: - "Isso parece que foi escrito para mim", aí, então, terei alcançado meu objetivo, contudo, saliento que 90% de meus textos não têm nada a ver comigo. A verossimilhança da qual me refiro, é a do mundo. As verdades do mundo e de todos que o habita.
Sou um poeta cosmopolita , portanto, não posso dar-me ao luxo de falar só de mim e de meus sentimentos. Sinto que tenho responsabilidade para com o Presidente da República, com as pessoas que vivem em situação de rua, com a executiva, com a tratorista, com o garí, com a dona de casa e por aí vai...
Valho-me da minha genética espiritual e vivo seus dramas, seus medos, seus receios, seus demônios... e os converto em texto.
Por isso quando você, meu caro leitor, identificar-se profundamente com um deles, é possível que eu o tenha extraido de você. Daí a diversidade de estilos que neles se fazem peculiar.
Entre, passeie, procure! Estou certo de que se verá em algum deles, ou muitos deles.
Francisco Piedade