Estágio para a Loucura

Eu poderia simplesmente sentar e esperar o tempo passar, as horas correrem, já que no fim das contas não vai fazer diferença. Vai ser tudo uma palhaçada só. O que os homens costumam chamar de morte.

Costumar, vem de costume, tradição, decência. Pro inferno com tudo isso. Eu quero mais é uma dose de emoção, misturado com álcool etílico, um veneno forte e amargo, um pouco de mel de abelha e uma cereja pra enfeitar.

A partir daí quero uma viagem alucinante em um corsel com pele de cobra, ou em um carro movido a adrenalina. Não importa, quero poder viajar do céu ao inferno em segundos, e retornar à Terra instantes depois.

Quero o sexo das mais variadas e insanas formas que as mulheres possam me oferecer, quero possuí-las, penetrá-las, quero indecentemente preencher suas almas com loucura, sem pudor, sem respeito, sem amor, porque amor quando vem, vem de brinde.

Um brinde, um drinque. Sentar em uma mesa e beber acompanhado de Deus e do diabo. Um brinde no céu, um drinque no inferno. Entre o bem e o mal eu prefiro o poder, prefiro não ter que escolher entre o certo e o errado, prefiro definir o que é o certo e o que é o errado.

No final quero encontrar um dragão, quero poder olhar nos olhos dele e ver se tal réptil é mesmo tão poderoso, tão imponente, quanto falam nos contos de fadas. Fadas, seres místicos que eu sinceramente acredito não existirem, mas quem sabe, nunca se sabe o que se esconde por aí.