Nas águas do Mar.
Escancarada,
a tarde mostra as ondas precipitadas
de um mar que desliza sob o meu corpo quente.
Não podia ser diferente,
naquele lugar que alarga a minha visão e leva a memória
para onde o pensamento está.
As imagens salpicam os sentidos que inverte a razão.
Um mormaço leviano torna o ar umedecido, e eu completamente vulnerável aquele
momento.
Um areal varre o silêncio que se propaga por toda a extensão da praia e dilui no espaço
rapidamente.
Pudesse eu ficar ali por toda a vida, não haveria ausências, distâncias,
nem concretos, nem muros, nem avenidas,
haveria a leveza dos sentidos, ao sentir-me
flutuando entre as espumas cintilantes.
Por vezes,
Repetidas vezes,
Muitaaaaas vezes, até o sonho transcrever a figura límpida e alva das águas do mar!