Questão de opção
O tempo corre e esvai a vida
A vida passa e nos toma o tempo
Nunca tempos tempo para a vida
Nunca paramos a vida há tempo
Corremos viciosamente à faixa de chagada já cortada
Cortamos preciosidades da vida por tanta pressa
Chegamos cedo ou tarde lá, nunca em tempo
O tempo por fim mostra quem é que manda
Esquecemos por conveniência o que foi e o que não será
Somos subproduto de tudo aquilo que se quer entendemos
Sabemos de tudo aquilo que não nos fará falta após nada que possa ser
Seremos a falta do saber de tudo aquilo que fomos até então
Desfaremos os laços ainda que no fim seja só nó
Será assim, o ciclo da vida e do saber, do amor e do perecer
Envelheceremos, dentro do vicio e do ciclo
A morte é fato, ir até ela sem nos conhecer é uma opção
Conheço-me após certo tempo de convívio restrito
Aprendi a observar o tempo e não correr junto a ele
Sei que está ali, consumindo e ensinando
Vivo então, mudo o que for e sei de fato de algo
Se alguém esvai a vida ou esbanja o tempo
A alma será assim, minha até o fim
E providencial será o acontecido
Pois tudo que possa vir, será tudo o que posso ter
O que terei será então o que quis
O que me tornar será então o que imaginei
Os caminhos que pisar serão por onde andei
E o fim, não sei como será, mas sei que terei feito o que quis até ali.