NA SEMANA DO IDOSO...- Matéria do Cantinho do Zé Povo-O Jornal de Hoje-Natal-RN-Ed. 26/27 Set 2009

Ontem se iniciaram as comemorações da semana do idoso; e eu, com meus seis ponto um; já passei a fazer parte desse seleto grupo de pessoas; discordando em alguns pontos, das afirmações das pessoas, como por exemplo, de alguns que chamam essa faixa etária de “melhor idade”. Como dizia o poeta Pinto de Monteiro; “quando o homem fica velho,/ não há mal que não lhe creça./ Suas juntas endurecem,/ dos pés até a cabeça./ Só amolece uma coisa,/ que êle não quer que amoleça”... Eu já digo um pouco diferente, quando afirmo que “Quem tá dizendo é eu:/ Inda faço minha fé./ O tá do bicho muié,/ me anima e dá reinação./ Apesá de sessentão,/ ainda dô meu recado,/ e só tô apusentado,/ p’rumas coisa e p’rôtas, não”... E aqui, relembro mais uma vez, meu queridíssimo e saudoso AMIGO, “com licença da má palavra no bom sentido”, SENA FILHO, repassando o causo que não é real, mas fruto da mente fantasiosa das pessoas que nem êle era; irreverente, alegre, cheio de vida até quando Papai do Céu achou por bem levá-lo para junto de si, pois o céu estava carente de pessoas que nem o “indivíduo do qual estou falando”. Comparo a vida de SENA, com um “pano de coá café”; agüentou anos e anos, entre uma farra e outra, brincadeiras com amigos, brigas e reconciliações conjugais (como todo vivente que se preza); e quando se “rasgô”, foi de uma vez; passou quinze dias no hospital e de lá, “foi direto alegrar as plagas celestes”... Pano de coá café é assim; “agüenta, agüenta, e quando se rasgá, meu fíi; num tem custurêra qui dê jeito”... E o causo por êle contado, serve para que eu homenageie o idoso na sua semana. Um indivíduo andava se sentindo frustrado com seu desempenho sexual, e resolveu procurar um médico que pudesse ajudá-lo a resolver seu “problema”; que aliás, “por tabela, que nem sinuca”, também era da mulher dêle, que ficava “na lambisquáia” (a ver navios, insatisfeita sexualmente...). Marcou a consulta, se dirigiu ao consultório e ficou aguardando ansiosamente, a vez de ser atendido. Lá dentro, a sós com o médico, mal esperou que o médico lhe perguntasse qualquer coisa, exclamando:

- Doutor, eu vim aqui porque estou com um problema muito sério; eu quero que o senhor “abaixe meu tezão” que está alto demais!

O médico, com os olhos quase saltando das órbitas, espantado com aquela afirmação; perguntou ao “impaciente paciente”:

- Meu amigo; primeiro me diga; qual é a sua idade ?

- Setenta anos, doutor.

Sem sair do seu espanto inicial, o médico continuou:

- Vou lhe dizer uma coisa; tem muitos homens de quarenta, cinqüenta, sessenta anos, que vem aqui me pedir para eu levantar o tezão deles, e você, com setenta anos, vem me pedir para abaixar ? Como se explica isso ?

E o paciente se explicou, de alto e bom som:

- Doutor; é porque meu tezão tá lá em cima, nos meus olhos; e eu vim aqui prá o senhor abaixar êle p’rá pomba!...

Bob Motta
Enviado por Bob Motta em 26/09/2009
Reeditado em 26/09/2009
Código do texto: T1832255
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.