E, na Madrugada...

Pensar nas palavras que preciso repetir agora,

guardar as sílabas nos bolsos vazios, seria esvaziar todo o meu querer ou lançar no mar meus desejos inocentes

presentes naquela noite lunar.

Soprar no ar

do vento a promessa de prolongar a noite, antes de o dia chegar.

Tudo não passa de uma invenção possível que oscila no silêncio inquieto,

quieto nesse instante onde a visão ofusca a luz e esconde as imagens num discurso sem linguagem definida, vinda

pelos sinais obscuros

das palavras pobres, fáceis de serem interpretadas,

abafadas pelo simples ruir do papel...

E, sem saber da profundidade daquele abismo,

..., fomos pela superfície da razão na invasão de campos onde não havia mais nada.

Assim, tínhamos muito mais o que dizer do que ver ao olhar as janelas iluminadas por iluminar o tempo nas

sombras frágeis da madrugada sem fim...

Lila Garcia
Enviado por Lila Garcia em 08/09/2009
Reeditado em 09/09/2009
Código do texto: T1799599
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.