RIOS DE GENTE

Centro da cidade!

Rios de gente ganham as ruas!

Rostos em quantidade!

Em quantidade, bocas... olhos... pernas...

Bocas em silêncio!

Bocas em conflitos!

Bocas que metralham palavras perdidas!

Bocas que falam o que não sabem!

Bocas que sabem e que não falam!

Olhos!

Olhos que sorriem!

Olhos que choram!

Olhos que se fecham!

Olhos que se olham!

Olhos que se negam!

Olhos que seguem os desenhos das calçadas!

Membros!

Membros que se agitam!

Braços que se acotovelam nas entradas!

Pernas que tropeçam nas saídas!

Tantos braços!...

Tantas pernas!...

Em movimentos frenéticos no balanço do andar.

A grande massa de gente se multiplica com o passar das horas.

“Formigueiros” humanos!

Sobem e descem os arranha-céus com pressa!... Tanta pressa!

O tempo não espera!... Os ponteiros dos relógios não param!

E mais pressa!...

Pensamentos voam longe!...Atravessam fronteiras!...

Viajam o mundo na face dos caminhantes.

Muitos rostos nos olhando nos olhos,

Espelhos da alma dos viajantes!

Tristezas, alegrias, decepções!... Amores!... Paixões!

Mundos em meio a outros mundos, satélites de si mesmos!

Universos únicos em expansão!

Luiz Falcão
Enviado por Luiz Falcão em 16/08/2009
Reeditado em 13/11/2013
Código do texto: T1757402
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