FAZENDO AS PAZES
Quando me vejo assim pressionado
pelas coisas da verdade (se existem)
nem sei que rumo tomar.
Pois não sei bem o que significam
e nem o que podem me fazer melhor.
Deus, amor, felicidade, alegria, emoção...
O que são?
Valem na liturgia poética. E, em assim sendo,
contestações não serão bem vindas.
Mesmo porque liturgia é liturgia.
Mas...sempre tem o jeitinho do poeta fraco.
Ele se socorre de momentos do passado
e sucumbe às lamúrias das tietes das letras.
Sempre diz palavras que confortam,
mas que não são claras nem videntes.
Sempre se vale de motivos do além,
embora o presente seja saltitante
e nunca vença competições pra valer.
Fazendo as pazes com teorias tão banais,
vou me encontrando, aos poucos.
Não sei ainda quem sou de fato.
Sei que a vida me diplomou poeta.
Poucos reconhecem tal façanha.
Mas isso...tanto faz.