SORTE NO AMOR

Ao me buscar, desencontrei-me.

Ao me socorrer com o ser das alturas,

percebi, num instante, ser incapaz de tê-lo.

Ao me flagrar implorando perdão,

percebi que nunca tinha pecado.

Ao me jurar de morte, desconjurei.

Ao me revelar descrente, acabei em fé.

Ao me imaginar perfeito, só vi defeito.

Ao me exilar na essência, libertei o poeta.

Que vive e vibra e ora e pois.

Que, como aladim, satisfaz os desejos.

Mas só existe em símbolo. Uma carta.

E ele vive agora e nunca, como um coringa.

Que pode ganhar o jogo...e nunca mais

ter sorte no amor.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 29/06/2009
Código do texto: T1673972
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.