SORTE NO AMOR
Ao me buscar, desencontrei-me.
Ao me socorrer com o ser das alturas,
percebi, num instante, ser incapaz de tê-lo.
Ao me flagrar implorando perdão,
percebi que nunca tinha pecado.
Ao me jurar de morte, desconjurei.
Ao me revelar descrente, acabei em fé.
Ao me imaginar perfeito, só vi defeito.
Ao me exilar na essência, libertei o poeta.
Que vive e vibra e ora e pois.
Que, como aladim, satisfaz os desejos.
Mas só existe em símbolo. Uma carta.
E ele vive agora e nunca, como um coringa.
Que pode ganhar o jogo...e nunca mais
ter sorte no amor.