Sombras Isoladas.
Num súbito verão,
a estampa da solidão abraça o fascínio do momento isolado.
O sol se apaga, quando alguém consegue olhar através dos seus raios.
Num choro fraco, púrpuro, consome no ar a luz da retina. As lamparinas no escuro, apenas,
apenas eu, para se aproximar de mim... Talvez este silêncio inconveniente possa disfarçar as minhas imperfeições.
Não nego a burguesia dos meus sentimentos, nobre além de tudo, indo na distância dos moinhos consumindo a noite, enquanto não vivo os meus sonhos, só eles me pertencem.
Nada mais me pertence além destes sonhos. Na voz melancólica das horas, toca a certeza
da chegada ao poço, onde o tempo não volta, não passa e faz da sombra a pior demora.
Embaça o brilho das imagens num instante, e no olhar mutante
simboliza a janela do sol entre as cortinas.
Para quê, renunciar aquilo que já foi conquistado? Tão demorado, mas, alcance das mãos.
Sem possibilidades de acontecer, ou com tantas possibilidades que esbarraram na escuridão do topo.
Não sabemos se sobe primeiro ou, se pende depois.
Então, deixemos esta paisagem pensa,
passar...