O ADEUS
Encantos, desencantos, ternas lembranças...
Olhos razos d´agua, últimos apelos,
últimas palavras... Pranto!
É hora do adeus!
Um desejo profundo de voltar atrás,
de gritar em altos brados
essa recusa que sufoca, mas do grito,
só murmúrios e lamentos...
A mudez domina a todos,
é mais forte..., atemoriza!
É chegado o momento do abraço forte.
As palavras já não valem nada
e dão lugar apenas
a um último olhar, puro e terno!
A partida se enuncia: um aceno,
outro aceno a mais
e uma lágrima a rolar!
Depois do inevitável e amargo adeus:
as lembranças dos gestos,
dos bons momentos,
das doces palavras...
A saudade em tudo se faz presente:
dilacera o coração combalido de quem fica
e flores de angústia invade
o coração de quem parte, em busca
de novos horizontes, novas emoções...
Resta a esperança que se denota
como um lenitivo nas belas paisagens,
nos arvoredos, no imenso céu azul-anil!
E assim, nesse penhor que consola,
que abriga, vislumbra o dia da volta;
um dia, quem sabe, em que os olhares
atônitos se reencontrarão
com ternura e emoção,
para nunca mias vivenciarem
o amargor do triste adeus!