VIDAS BASEADAS NO TEMPO
As medidas do tempo sempre existiram. Não para mim,
Já que a única coisa que limita o tempo é à noite,
Visto, pois, não mais corro atrás do que não existe.
Vivo a vida onde estiver, no momento oportuno, o hoje.
Àqueles que caminham ao meu lado, vivem-na por opção.
Amigo, o tempo é único, infinito. Nele apenas vive-se;
Não existe o passado e nem tão pouco o futuro,
Não há por certo o ontem, assim como o amanhã;
São todos traços de memórias e projeções da mente.
O homem aprende com o próprio homem e vive,
E navega a esmo em suas longínquas lembranças,
Viajam nos seus sonhos e o hoje vai ficando para depois.
Não, eu não vou e não quero a paranóia do ontem,
Não quero e não vou dá de cara no muro do amanhã.
Pretendo viver muito... Cada hora em cada dia.
Sobressaltos virão se não puder desviá-los, recolherei,
Mas do agora, não arredarei os pés, não retrocederei,
Que me condenem aqueles que acham de tudo saber,
Por mais que eu saiba; vejo que nada aprendi “nesse tempo”.
Preciso compreender o agora, para corrigir o meu hoje,
No – hoje do amanhã - muito tarde já será. Assim lhes digo:
A todos vocês que continuam buscando no ontem, e
Procurando no amanhã, o que só existe no hoje, me ouçam,
Viverão o que buscam e procuram, no tempo presente comigo.
Rio, 23 de abril de 2009
Feitosa dos Santos