NÃO VIVEREI EM VÃO
Não viverei em vão seu eu puder,
com pureza de sentimentos,
salvar um coração
que se vê arrastado
pela incompreensão do desamor,
na corrente sombria
do desespero e da dor inútil.
Se eu puder aliviar uma dor
ou ajudar um pássaro ferido
a ludibriar nevascas e galgar incólume
o aconchego do seu ninho...
Feito um poema deixado
em construto imortal,
na leveza ascendente
de sentimentos solícitos,
poderei dizer em regozijo:
“Eu não vivi em vão!”;