CORDONÊ!

Quando imagino a Terra,

suspensa em cordonê,

vejo um astro-marionete.

E os colegas de espaço,

manipulados com habilidade

promovem uma dança mambembe.

Bilboquês, encaixam-se

nos buracos negros do Universo e

lá em cima, no trapézio,

cometas e estrelas cadentes

vão se lançando em

saltos mortais sem proteção.

Não existem telas porque não

há onde cair.

Um pipocar de fogos de artifício

gera bilhões de novas estrelas.

Tudo é tão rápido que não consigo contá-las.

Tudo é tão inverossímil

quanto a verdade absoluta que descobri.

Quando olho pra minha vida,

imagino tudo assim. Tudo num pequeno espaço.

E num infinito tempo.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 13/04/2009
Reeditado em 14/04/2009
Código do texto: T1537814
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