EM PAZ CONNOSCO E A NATUREZA

Como é bela a noite, no seu chegar

subtilmente, detrás das montanhas ou

dos rios, seduzindo o céu,

brilhando imensamente, pela força

das estrelas, pequenos pontos de luz,

que são toda uma vida,

que a nossos olhos, se deixam ver,

por entre a claridade, da cativa lua.

E tudo são sombras, imagens esquivas,

que apenas se podem ver, quando

a lua, constrói espaços abertos e ilumina,

uma ou outra coisa, cá mais em baixo,

onde a Terra, de há muito, fez sua casa.

E, junto aos muros de pedra, num ritual,

que tem tanto de antigo como de místico,

passam gatos, numa indiferença felina.

Por esta altura, os sons ganham nova

disposição, tornando-se muito mais audíveis,

a nossos ouvidos, parecendo então ter

uma vida própria, que, durante o dia, passa

despercebida.

Alheio a tudo isto, lá vai o rio, no seu curso

natural, seguindo a vontade das águas,

no seu fluxo e refluxo, de pequenas ondas.

Abraçando-te com carinho, todo eu cheio de

amor, por ti, à luz de candeeiros, olvidando,

por instantes, a lua, que alta vai, depois deste

momento mágico, que só a natureza, nos podia

oferecer, vemos alguns jardins e pedes-me,

que apanhe belas flores, assim recordando,

a sublime noite, que, juntos, vivemos, para que,

em lindas taças de cristal, as possas vir a deitar.

Dito isto, noite feita ainda… regressamos a casa!

Jorge Humberto

01/04/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 02/04/2009
Código do texto: T1519026
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