NÃO QUERO

Não..não..e não....

Não quero ficar aqui na praça

dando milho aos pombos.

Não quero que meus temas de poesia

virem artesanatos baratos.

Mas...se virarem...Viva. A poesia sobreviveu!

Não quero que me incluam na lista.

Qualquer lista. Nem telefônica. Nem de presentes.

Meu anonimato é sagrado.

Meu poetar é um sacrilégio da língua.

Sei que fere. Mas também cura.

E não há hóstia que simbolize maior amor.

E não haverá ritual que mude meu modo

de agir perante o Universo.

O Universo é só um verso.

Que declamo com emoções.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 01/04/2009
Código do texto: T1517959
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