NÃO QUERO
Não..não..e não....
Não quero ficar aqui na praça
dando milho aos pombos.
Não quero que meus temas de poesia
virem artesanatos baratos.
Mas...se virarem...Viva. A poesia sobreviveu!
Não quero que me incluam na lista.
Qualquer lista. Nem telefônica. Nem de presentes.
Meu anonimato é sagrado.
Meu poetar é um sacrilégio da língua.
Sei que fere. Mas também cura.
E não há hóstia que simbolize maior amor.
E não haverá ritual que mude meu modo
de agir perante o Universo.
O Universo é só um verso.
Que declamo com emoções.