AGONIAS DE UM POETA IN VITAE

Extrema unção, não!

Não, não e não.

Não estou morrendo agora.

Morro todos os dias.

Desmorro todas as horas.

Revivo. Realço. Renasço.

Reencarno.

Extrema unção, não.

Se aceitar poderei morrer mesmo.

Portanto, não quero nada disso.

Prefiro me rever.

Me penitenciar.

Até me sacrificar

em nome de uma nova ordem.

Do Universo.

Eis que sei que a vida

viverá sempre.

Não nos homens.

Mas no Céu. Nas estrelas.

Nos fins de mundo.

Num fim de mundo desses

ainda publicarei meus poemas.

In vitae, claro.

Talvez seja em ONX.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 28/03/2009
Código do texto: T1511321
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