DOENÇA DE AMOR

No vai da valsa

eu volto sempre de mãos vazias.

É imperativo que governe

sentimentos tão revoltados.

É de bom tom que fale baixo

essas coisas de não saber.

É contagiosa essa tal

doença de amor.

Micótica, me deixa coçando

um corpo inteiro.

E a alma de lado, esquiva,

ri dessa assepsia desastrada.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 24/03/2009
Código do texto: T1504283
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