DOENÇA DE AMOR
No vai da valsa
eu volto sempre de mãos vazias.
É imperativo que governe
sentimentos tão revoltados.
É de bom tom que fale baixo
essas coisas de não saber.
É contagiosa essa tal
doença de amor.
Micótica, me deixa coçando
um corpo inteiro.
E a alma de lado, esquiva,
ri dessa assepsia desastrada.