APRENDENDO A APRENDER

Nem tudo o que se quer, tem-se,

Nem sempre o que se tem, quer-se,

Assim seguimos as trilhas, preditas,

Quando se quer a distância, mede-se,

Quem não ousa aparecer, fica oculto,

Quando não se quer ouvir, cala-se.

O sábio ao calar-se, ouve e vê além,

O medíocre, não ouve, e vê aquém,

Mas fala tudo o que não vê e não ouve,

O hipócrita prepara o discurso,

Que o sensato não há de proferi-lo,

O esperto declina em segui-lo,

Segue a vida assim o seu curso.

Quem me dera a sapiência de um sábio,

A prudência de um homem sensato,

A expertise daquele que ronda,

A limpidez do que não é opaco,

Sabedoria ao proferir a palavra,

Ao contrário, que eu tenha recato.

Rio, 12 de março de 2009

Feitosa dos Santos