UM SÓ VERSO

Eu não faço poesias

como se fazem filhos.

Mas, quando a fecundidade

é plena, elas nascem simplesmente.

E cada uma tem a sua própria cara.

Algumas crescem calmas.

Outras são raivosas,

outras ainda, até neuróticas,

mas nenhuma delas deixa de ter alma.

Com DNA de estrutura simples,

dizem de passados e futuros.

Porque presente elas sempre

vão ser e nos tempos do universo

viverão em eterno cativeiro.

Terão muitas leituras e fraturas.

Nem todos concordam com fisionomias

estranhas em seus porta-retratos.

No entanto, um só verso que sobre

desse esfarelar poético,

manterá vivo o poeta.

Seu pai e criador.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 25/02/2009
Código do texto: T1457643
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