BEIJOS FALSOS

BEIJOS FALSOS

Você se acostumou ,

mesmo morta de saudades

a tripudiar sobre meu corpo vivo.

Quais ímpetos teríam no tempo

tanta importância?

Da relevância dos seus incômodos modos,

destaco um, aquele que mais magoou.

Agredir-me com beijos falsos, secos e

fazendo de conta que havia

uma explosão de amor.

Que amor, que nada.

Você se valeu de ardilosas artes

para pintar nessa tela fútil da vida,

um quadro que é só borrão.

E eu, sempre solícito, aceitei

essa sua maneira de ser.

Mas não engoli nada não.

Rumino, sempre, aquele lindo amor.

Aquele amor que achamos ter vivido.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 22/02/2009
Código do texto: T1452061
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