BEIJOS FALSOS
BEIJOS FALSOS
Você se acostumou ,
mesmo morta de saudades
a tripudiar sobre meu corpo vivo.
Quais ímpetos teríam no tempo
tanta importância?
Da relevância dos seus incômodos modos,
destaco um, aquele que mais magoou.
Agredir-me com beijos falsos, secos e
fazendo de conta que havia
uma explosão de amor.
Que amor, que nada.
Você se valeu de ardilosas artes
para pintar nessa tela fútil da vida,
um quadro que é só borrão.
E eu, sempre solícito, aceitei
essa sua maneira de ser.
Mas não engoli nada não.
Rumino, sempre, aquele lindo amor.
Aquele amor que achamos ter vivido.