POEMA DO PANTANEIRO

Pantaneiro não é só peão, não!

Pantaneiro desde aprendiz tem cicatriz.

É gente que luta na lida do boi bão.

E do marruá também.

É gente de comitiva, de arroz tropeiro,

de olhar faceiro e faca na cinta.

De roupa suja e mente limpa.

É gente de cantoria. É violeiro de 7 cordas.

Cada uma prum dia. É violeiro de cantar

que não tem medo de onça,

mas tem de piranha.

Porque piranha é bicho peixe traiçoeiro.

Mas que vira caldo e faz virar mais homem

o pantaneiro.

Raça diferente. Força de gigante,

tem como mãe a teimosia em viver

e como pai um Deus feliz.

Precisa de muito pouco pra ter satisfação.

Bois, água, estrada de chão e estrelas.

Como naquela canção!

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 16/02/2009
Código do texto: T1442523
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